sexta-feira, 24 de julho de 2009

Avaliação Final


Durante todo o processo de construção do Blog, acredito ter melhorado nas reflexões textuais, inclusive nas postadas durante a segunda parte do curso. Com o auxílio do professor Ivan, consegui relacionar a teoria à prática, apesar de inicialmente ter dificuldade em fazê-la, pois a turma em que trabalho já é alfabetizada, mesmo assim, tentei relacioná-la com a minha própria alfabetização, em quanto criança e a realidade do meu irmão, que tem quatro anos.

Em relação ao manuseio das múltiplas ferramentas, ainda tive dificuldade de inserir vídeos, no entanto, postei entrevista e exercícios pesquisados em sites, que auxiliaram em um entendimento mais claro da teoria apresentada nos textos.

As postagens foram realizadas ao longo do semestre, não excedendo o tempo limite de entrega.

Portanto, apesar das dificuldades, consegui realizar o blog com boas reflexões. As postagens, leituras e debates, realizados em sala de aula, certamente, irão ajudar na minha prática profissional.

Também adquiri um entendimento mais sólido e amplo sobre a avaliação formativa, desta forma, podemos auxiliar e mediar nossos alunos no caminho da aprendizagem, ajudando-o em suas dificudades para que possam seguir ao encontro do sucesso.

Como explicitei no início do portefólio, este fechou um ciclo muito importante da minha vida, que é a minha FORMATURA!!!!!

Considerações finais


Essa postagem tem o intuito de refletir sobre o nosso estudo durante o semestre.
Os textos abordaram um entendimento sobre o inicio da alfabetização de crianças, destacando a importância da teoria construtivista nesse processo.
Fazendo uma visão geral, todos os textos negam, de certa forma, que o aluno seja uma "Tabula rasa" ao entrarem na escola, eles já detêm uma visão de mundo que deve ser respeitada pelo professor.
O primeiro texto " processos iniciais de leitura e escrita" de Rosineide Magalhães de Sousa, evidência a relação do cotidiano do aluno, ser uma importante ferramenta para que se inicie o aprendizado da escrita e da leitura. Os alunos já adquiriram uma leitura de mundo, antes de saberem ler, desta forma, o docente deverá partir do seu cotidiano para caminharem no processo ensino-aprendizado.
Outro ponto muito focado nos textos e debates em sala de aula foi a importância do estímulo constante do adulto nesse processo. Os questionamentos do professor nas representações da escrita dos alunos, se fazem imprencidíveis no caminho do êxito. Como destacado no texto " Contextos de alfabetização na aula" de Ana Teberosky e Núria Ribeira.
Quando partimos da vivência dos alunos, a particularidade se faz necessária, pois cada criança tem uma realidade. Perceber essas particularidades é essencial para darmos significando as aprendizagens realizadas em sala de aula. As "múltiplas alfabetizações" é elemento chave para partirmos da vida de cada um, essa expressão foi usada no texto " práticas de linguagem oral e alfabetização inicial na escola : perspectiva sociolinguistica de Eric Socobson.
De uma maneira geral, os estudos nos fez discutir e refletir como as crianças estão sendo alfabetizadas, de forma mecânica, copiando e repetindo sem algum entendimento, ou se nós, como professores, poderemos mudar esse quadro, dando sentido e entendimento ao que a criança aprende.
As relações entre teoria-prática, nos faz entender como colocaremos nossos entendimentos teóricos em prática na sala de aula, perceber como esse círculo entre esses dois conceitos se tornam eternos na profissão do educador.
Certamente, temos "obrigação", agora como Pedagogos, de mudar esse cenário atual, embasados nas diversas e ricas teorias aprendidas na faculdade. Temos que ser sensíveis ao olharmos nossos alunos individualmente e percebermos que o professor é responsável pelo formação desse indivíduo, por isso não pode se omitir diante de tanta responsabilidade.

domingo, 19 de julho de 2009

Aprendendo a escrever?


Após uma pesquisa sobre a iniciação da leitura e da escrita de crianças e embasada pelo texto de Ana Teberosky e Teresa Colomer, venho compartilhar com vocês sobre os exercícios acima, que encontrei no site: http://www.smartkids.com.br/
Observamos que tais atividades encontram-se próximas das que eram utilizadas nas "famosas" cartilhas, utilizadas com o intuito de alfabetizar a criança. Desta forma, percebemos a falta de contextualização dos mesmos, onde os exercícios podem ser usados nos diferentes meios sociais e econômicos, isso pode acarretar a uma falta de significado por parte do educando, que não consegue introduzir as frases e textos para o seu cotidiano.
Os exercícios ficam vazios, sem fundamentos e inúteis, se resumindo a meras cópias. Portanto, ao copiar, somente, o aluno não adquiri conhecimento, apenas o decora e consequentemente o esquece.
Por fim, devemos dar sentido a tudo que o aluno aprende, contextualizando os ensinamentos a sua vivência prática diária.

sábado, 18 de julho de 2009

Último dia de aula



O último dia de aula, antes da socialização avaliativa da matéria, foi uma reflexão sobre o texto “aprender a ler e a escrever” de Ana Teberosky e Teresa Colomer. O texto aponta o processo de aprendizagem da criança no campo da escrita e da leitura.
Inicialmente, a criança tende a procurar alguma semelhança na grafia das palavras. Posteriormente, as mesmas reconhecem que na composição das palavras se faz necessário tais mudanças. Por isso, em certo momento da infância, elas tendem a reconhecer seu nome em todas as escritas, pois as letras existentes em seu nome podem ser utilizadas por tantas outras palavras.
Nessa fase inicial, o aluno caracteriza a escrita, de uma maneira geral, como se fosse uma representação dos objetos existentes no mundo. Tanto para os objetos, quanto para nomear as pessoas, essa seria a única finalidade da escrita. Com o tempo, essa restrição se amplia, e a escrita ganha uma representação maior.
Outro ponto destacado, é que para a criança nem tudo o que é falado está representado graficamente. Ou seja, para ela na linguagem oral a comunicação se dá por completo e na forma escrita a proporção seria menor, no que diz respeito a comunicação. Segundo o próprio educando, não dá para escrever tudo o que pronunciamos oralmente em uma comunicação.
Um exemplo destacado no texto que exemplifica as etapas do aprendizado da escrita do educando é a codificação da palavra MARIPOSA, no primeiro momento, a criança escreve, somente, a vogal, pois quando a pronuncia oralmente, cada unidade sonora corresponde a uma letra, então, a escreverá : A I O A, dividindo-as em sílabas. As consoantes ganham seu lugar, quando a criança se aperfeiçoa aos poucos. As vogais são aprendidas de forma mais rápidas, segundo o texto: "uma sílaba implica, por definição, a presença de vogais - porque as vogais sempre formam sílabas- e as crianças não apenas segmentam as palavras em sílabas, mas também analisam-nas" ( p. 56).
Segundo as autoras, a escrita alfabética era vista, somente, como uma transcrição dos sons da fala. Recentemente, após pesquisas de linguísticas e historiadores essa visão vem sendo discutida entre os estudiosos, mas, ainda é muito comum encontrarmos esse conceito tradicional nas escolas, que restringe a escrita como uma codificação da linguagem oral.
Dessa forma, a aprendizagem da escrita acaba se resumindo as cópias.
A partir de uma visão construtivista, não podemos utilizar, apenas, a transmissão direta como única forma de aprendizagem, pois, segundo as autoras, os conhecimentos também são adquiridos a partir da construção das próprias crianças.
A escrita e a leitura estão contidas na cultura específica de cada aluno, antes mesmo deles entrarem na escola, esses conceitos já fazem parte da sua vida. Portanto, temos que ter cuidado ao propormos certas atividades às crianças. Esses exercícios podem ir de encontro com as suas hipóteses, sendo assim, poderemos prejudicar sua evolução educacional.
Por fim, para a teoria construtivista a aprendizagem da leitura e da escrita não deve seguir uma sequência linear na aprendizagem, devemos refletir sobre a compreensão de cada aluno, pois cada um a perceberá de uma maneira distinta, dentro das suas particularidades, no processo ensino-aprendizagem.
Com a reflexão do texto acima, me lembrei da forma com que fui alfabetizada. As cartilhas fizeram parte da minha vida na alfabetização, além das mesmas terem sido utilizadas na escola, minha mãe também as compravam.
Cada letra, que deveria ser copiada, vinha ao lado de uma figura correspondente. Às vezes, algumas palavras eu não conhecia, ainda não faziam parte do meu vocabulário, então, as repetia sem algum entendimento.

Na verdade, meus alunos já se encontram na fase alfabética, estão no 4ºano. Já escrevem a consoante precedida da vogal, o que ocorre são erros ortográficos, que segundo o professor Ivan, apesar dos erros serem evidentes, as palavras simples, é normal. Como por exemplo: escrever a palavra caZa(casa). Já corrigi essa palavra em trabalhos textuais que foram apresentados.

sábado, 11 de julho de 2009

11ª e 12ª aula


Nas aulas dos dias 30/06 e 07/07 nos focamos na leitura e reflexão do texto "alfabetização em processo" de Emília Ferreiro, que relata o processo de iniciação da leitura e da escrita das crianças na alfabetização. Essa autora aperfeiçoou a teoria piagetiana, no que diz respeito ao processo de desenvolvimento cognitivo e os seus respectivos níveis.
A autora define os níveis, com a representação do estágio, em que a criança se encontra na ordem alfabética da linguagem. Observamos a diferença desses níveis com a teoria de Piaget, que de um modo geral, solidifica tais fases. No entanto, para a época, a teoria piagetiana, deu um grande suporte na área psicológica e educacional infantil, estendendo-se até os dias atuais.
Ferreiro, representa os níveis em: pré-alfabético, silábico e silábico-alfabético.
Pré-alfabético: "Vários modos de representação alheios a qualquer busca de correspondência entre a pauta sonora de uma emissão e a escrita". Ou seja, A representação escrita é variada e diferente da que usamos habitualmente, com o auxílio da língua falada.
Sílabico: "Com ou sem valor sonoro convencional". A representação, já se dá sem o auxílio da língua falada.
Silábico alfabético: "Precedem regularmente a aparição da escrita regida pelos princípios alfabéticos".
Cada um desses níveis são assimilados de uma maneira própria, por cada indivíduo. Pois, como explicitado nas postagens anteriores, cada ser humano faz parte de uma realidade distinta, desta forma, o modo com que ele assimila os conteúdos refletem-se em tal realidade.
Emília, descreve os diversos problemas apresentados pelas crianças no decorrer dessas fases.
O primeiro, seria o não reconhecimento nítido das palavras, a atribuição do todo não difere das partes (relação no texto).
No segundo momento, ela já consegue coordenar tal reconhecimento. O exemplo dado pela autora é bastante esclarecedor:
O texto relata a experiência de uma criança, que ao "ler" o desenho de três gatinhos, fez uma correspondência gráfica com o número de objetos. Ex: 3 gatinhos, 3 conjuntos de letras que exemplificam os gatinhos, graficamente. Desta forma, o raciocínio é o mesmo quando nos referimos ao plural, repetindo-se o conjunto de letras associando-os ao número do objeto.
Outro ponto discutido no texto e expandido em sala de aula, foi o conceito sobre tematização.
Seria o momento de entendimento de um conceito aprendido, " tomada de consciência".
Na página 15, encontramos um conceito muito próximo da teoria de Piaget, é a relação da equilibração, que Ferreiro muda o nome para "perturbações". O aprendizado conceitual do indivíduo, modifica seu conhecimento inicial. O ser humano está, continuamente, nesse processo de desequilíbrio e equilíbrio.
Segundo a autora o apogeu silábico se dá, quando a criança tem a necessidade de modificar a escrita para escrever distintas palavras. O que não acontecia na fase anterior. Desta forma, o professor deverá estimular o "erro" junto a criança, questionando sempre as formas de representação gráfica que a mesma apresenta. Fazendo com que as "perturbações" sejam assimiladas de maneira eficaz, alcançando, assim, um novo nível de equilibração.
No texto " A interpretação da escrita antes da leitura convencional" da mesma autora, nos deparamos com as mesmas abordagens, de uma maneira geral, mencionadas em outros textos e postagens.
A relação da criança com a leitura antes do aprendizado oficial das letras. Antes de chegar a escola, a criança detêm uma interpretação de mundo, pois, ao seu redor, diariamente, ela é surpreendida com textos interpretativos, seja, no supermercado, shopping, através de cartazes, entre outros. Desta forma, a criança começa a ler, ao interpretar os desenhos e fotos que vem relacionados aos produtos ou na mídia.
Por essa razão, aceitar a realidade cotidiana da criança farze-á necessária no início da alfabetização, para que, dessa forma, o educando encontre um significado real para o aprendizado.
Por tanto, o aprendizado linguístico não deve ser realizado de forma aditiva, ou seja, decorar palavras e mais palavras através da repetição. O mesmo deve concebido de forma contextualizada, a partir do entendimento real do aluno.
Outro ponto importante para ser destacado são as etapas que a criança passa no decorrer da aprendizagem escrita.
Primeiramente, a autora relata que as interpretação são definidas a partir do interior e exterior da criança.
Inicialmente, um texto só tem significado se a criança o reconhecer no contexto habitual. Posteriormente, esses conceitos vão aprimorando-se com sentido próprio e particular.
A questão que é sempre evidenciada pelo professor Ivan, é a importância de estimularmos, a todo momento, o aluno em seu caminho de aprendizagem, dando sentido e significado nos ensinamentos, partindo da aceitação da vida de cada educando.

Após essa postagem sobre o texto de Emília Ferreiro, encontrei com o meu irmão, de quatro anos de idade. Pedi para que ele desenhasse alguns objetos explicitados.

Primeiramente, citei um macaco. Ele desenhou um círculo e falou ter desenhado um macaco, como solicitado acima. Posteriormente, o pedi que escrevesse o mesmo desenho. Pedro fez o mesmo rabisco, relacionando-o com o macaco, anteriormente. Ou seja, ele representou o macaco da mesma forma, tanto na escrita, como no desenho.

Todos os desenhos que solicitei eram codificados ou escritos com traços ou rabiscos, às vezes, a escrita e o desenho eram relacionados com o mesmo traçado, como no caso do macaco, No entanto, nos últimos desenhos, essa relação entre a escrita e o desenho foram distintos. Acredito que,ao final, ele já não estava mais com vontade de brincar, perdendo, dessa forma, o estímulo.

Acho que Pedro teve alguns avanços, por conseguir relacionar a "escrita" e o "desenho", com o mesmo substantivo explicitado.

sábado, 27 de junho de 2009

Décimo dia de aula


O décimo dia de aula foi a continuação da reflexão do texto de Eric Jacobson. Partindo das discussões em sala de aula, realizei uma entrevista com a professora de português e espanhol, Nadja. A entrevistada, antes de formar-se em letras, foi alfabetizadora.
1) Qual o seu nome, idade e quanto tempo leciona?
Nadja Slemen, 44 anos e leciono a 10 anos.
2) Quanto tempo lecionou na alfabetização?
Dois anos e meio. De 1999 até 2000.
3) Você gostou de atuar na alfabetização?
Antes de atuar não, me achava despreparada, depois que vi os resultados, achei maravilhoso.
4) Na sua opnião, quais as dificuldades encontradas nesse segmento da educação?
Em colégios de pequeno porte as dificuldades aumentam. A falta de estrutura, que vai da falta de material até o grande número de alunos, são elementos que dificultam a aprendizagem.
5) Você partia do cotidiano das crianças na hora de ensinar as práticas de leitura e escrita? De que forma?
Utilizei formas diferentes de alfabetização, de acordo com cada realidade, em turmas muito heterogêneas.
Por exemplo, sugeria que cada criança trouxesse para a sala de aula alguns objetos descartáveis que tivessem em casa; embalagem de pasta de dente, lata de leite vazio, lata de refrigerante, entre outros.
a alfabetização começa a partir do reconhecimento das letras escritas nas embalagens, desta forma, o interesse da criança será extensivo a todos os lugares por onde ela passar, pois os objetos vistos em sala de aula serão reconhecidos em outros ambientes.
6) Por que você parou de lecionar na alfabetização?
Por que me identifiquei mais com os adolescentes.
7) O que você acha da alfabetização?
É a fase mais importante na educação escolar. As crianças nesta fase estão abertas ao mundo, registrando todas as novas impressões do novo mundo. Desta forma, o professor deverá ter um cuidado muito maior para não rotulá-lo ou discriminá-lo sob nenhum aspecto. Pois, estas impressões negativas poderão acompanhá-lo para o resto da sua vida escolar. A criança facilmente se sociabiliza, poderá, entretanto, torna-se tímida ou distante quando seus erros ou conduta são salientados enfaticamente pelo professor. Afirmando e confirmando, somente, os seus defeitos e erros. O melhor "remédio" para esse "mal" é o amor e dedicação, que conduzirá ambos, o professor e o aluno, ao caminho certo de esperança e acertos.
Observamos que diversos pontos abordados na entrevista de Nadja, foram retratados no texto de Eric Jacobson. Quando a entrevistada destaca sua preocupação em alfabetizar com embalagens de produtos trazidos pelos alunos, percebemos a importância que a mesma dá, em valorizar e partir do cotidiano dos alunos para alfabetizar.

Nono dia de aula


A nona aula, realizada no dia 16 de Junho, se destinou a reflexão do texto "práticas de linguagem oral e alfabetização inicial na escola: perspectiva sociolinguística de Eric Jacobson.
O texto aponta a vinculação da alfabetização às praticas sociais do cotidiano da criança, portanto, sua realidade deve ser respeitada no processo inicial da escrita e leitura.
Por esse motivo, as autoras destacam a importância do termo "múltiplas alfabetizações", pois precisamos utilizar diferentes formas de práticas de leitura e escrita para valorizarmos o contexto social de nossos alunos e ajudá-los a terem êxito na escola.
Outro ponto destacado é a facilidade de adaptação, no processo escolar, quando o aluno vem de uma cultura familiar similar a que encontrará na instituição. Quando os contextos se divergem o fracasso fica explícito, na maioria das vezes.
Na instituição onde trabalho a realidade escolar vai ao encontro da realidade familiar dos alunos.
Os pais, na maioria das vezes, são formados e valorizam a leitura incentivando seus filhos, desde criança, a utilizarem a linguagem culta valorizada. Essa criança, nessa perspectiva, terá menos dificuldade na iniciação da aprendizagem da leitura e da escrita, pois, esta se encontra em sua vida prática diária.
O professor deverá reconhecer as diferentes habilidades trazidas por seus alunos, para que a partir daí, possam fazer uma "ponte" com os novos ensinamentos propostos em sala de aula.
Na página 89 do texto em questão, encontramos um exemplo de alfabetização em "múltiplas línguas". Famílias de Bangladesh, matriculam seus filhos em três escolas diferentes( alfabetização), desta forma, eles se apropriam das múltiplas línguas, para utilizá-las de acordo com a necessidade que encontrará ao longo de sua vida. Nesse caso, em escolas majoritárias, onde a alfabetização é ministrada em inglês, escolas corânicas, onde a alfabetização é realizada em árabe e finalmente, em centros comunitários, para instrução em Bengali, mantendo assim, sua identidade cultural.
O exemplo acima é mencionado no texto com um propósito de refletirmos sobre o tema. Observamos, na maioria das vezes, que as alfabetizações em alguns países subdesenvolvidos, a valorização da língua inglesa. A relação de poder explícita, nesse caso, acaba por excluir e dificultar a aprendizagem de crianças que vem de uma cultura distinta, por tanto, uma outra comunicação. A vida anterior da crianças, antes desta entrarem na escola é descartada e a "imposição" de uma nova língua pode ocasionar dificuldades na aprendizagem. Seria importante, partir da língua materna para iniciarmos os ensinamentos de um novo idioma. Assim, a aprendizagem pode se dar mais solidamente.
Partir do que o aluno traz, muitas vezes, seria valorizar as experiências que são desconsideradas no âmbito escolar e social. No entanto, é o que devemos fazer para que nossos alunos vejam sentido no que aprendem na escola.

A imagem postada mostra a diversidade encontrada na escola. Portanto, não podemos padronizar e valorizar uma única forma de ver o mundo. Devemos olhar as diferentes realidades, respeitando seu ponto de vista e apartir daí expor o que é valorizado no mundo social e escolar de uma maneira crítica e reflexiva.

Quando vivênciamos a entrada de uma criança oriunda de alguma comunidade carente, observamos essa exclusão de perto. No interior da favela, as pessoas tem uma maneira própria de se comunicarem, distinto do padrão culto e exigido nas escolas. Desta forma, quando o educando entra na instituição, ele leva essa sua cultura para dentro da escola. Muitas vezes, essa linguagem é desvalorizada, principalmente pela professora, que o faz acreditar que sua fala está errada e é inapropriada no mundo educacional. Naquele momento, a criança sente-se afastada, acreditando que a escola não a pertence, pois está muito distante de sua realidade local.