sábado, 27 de junho de 2009

Décimo dia de aula


O décimo dia de aula foi a continuação da reflexão do texto de Eric Jacobson. Partindo das discussões em sala de aula, realizei uma entrevista com a professora de português e espanhol, Nadja. A entrevistada, antes de formar-se em letras, foi alfabetizadora.
1) Qual o seu nome, idade e quanto tempo leciona?
Nadja Slemen, 44 anos e leciono a 10 anos.
2) Quanto tempo lecionou na alfabetização?
Dois anos e meio. De 1999 até 2000.
3) Você gostou de atuar na alfabetização?
Antes de atuar não, me achava despreparada, depois que vi os resultados, achei maravilhoso.
4) Na sua opnião, quais as dificuldades encontradas nesse segmento da educação?
Em colégios de pequeno porte as dificuldades aumentam. A falta de estrutura, que vai da falta de material até o grande número de alunos, são elementos que dificultam a aprendizagem.
5) Você partia do cotidiano das crianças na hora de ensinar as práticas de leitura e escrita? De que forma?
Utilizei formas diferentes de alfabetização, de acordo com cada realidade, em turmas muito heterogêneas.
Por exemplo, sugeria que cada criança trouxesse para a sala de aula alguns objetos descartáveis que tivessem em casa; embalagem de pasta de dente, lata de leite vazio, lata de refrigerante, entre outros.
a alfabetização começa a partir do reconhecimento das letras escritas nas embalagens, desta forma, o interesse da criança será extensivo a todos os lugares por onde ela passar, pois os objetos vistos em sala de aula serão reconhecidos em outros ambientes.
6) Por que você parou de lecionar na alfabetização?
Por que me identifiquei mais com os adolescentes.
7) O que você acha da alfabetização?
É a fase mais importante na educação escolar. As crianças nesta fase estão abertas ao mundo, registrando todas as novas impressões do novo mundo. Desta forma, o professor deverá ter um cuidado muito maior para não rotulá-lo ou discriminá-lo sob nenhum aspecto. Pois, estas impressões negativas poderão acompanhá-lo para o resto da sua vida escolar. A criança facilmente se sociabiliza, poderá, entretanto, torna-se tímida ou distante quando seus erros ou conduta são salientados enfaticamente pelo professor. Afirmando e confirmando, somente, os seus defeitos e erros. O melhor "remédio" para esse "mal" é o amor e dedicação, que conduzirá ambos, o professor e o aluno, ao caminho certo de esperança e acertos.
Observamos que diversos pontos abordados na entrevista de Nadja, foram retratados no texto de Eric Jacobson. Quando a entrevistada destaca sua preocupação em alfabetizar com embalagens de produtos trazidos pelos alunos, percebemos a importância que a mesma dá, em valorizar e partir do cotidiano dos alunos para alfabetizar.

Um comentário:

  1. Camilla, excelente iniciativa de realizar uma entrevista!! Parabéns! Porém, seria interessante que você refletisse sobre as respostas dadas, buscando pontos de contato com os textos que lemos. O texto "Contextos de Alfabetização na sala de aula", de Ana Teberosky e Nuria Ribera, aponta muitos elementos que foram indicados pela entrevistada. A entrevista é sempre um material informativo que nos ajuda a refletir sobre o cotidiano, sobre a prática.

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