sábado, 30 de maio de 2009

Sexto dia de aula




O sexto dia de aula foi uma reflexão sobre o texto "contextos de alfabetização na aula" de Ana Teberosky e Núria Ribera.
A leitura do texto foi realizado coletivamente pela turma, o entendimento foi aperfeiçoando-se com as interrupções do professor Ivan, que discutiu e explicou os pontos principais do capítulo, junto a turma.
O texto aborda uma postura socioconstrutivista na aprendizagem da leitura e da escrita, ou seja, valoriza os conhecimentos adquiridos no cotidiano de cada aluno, antes dos mesmos entrarem na escola.
Essa visão, rompe com o tradicionalismo educacional, onde o aluno apenas deposita os conhecimentos adquiridos através do professor, o único que detém o saber.
O método tradicional ainda muito usado nas escolas, valoriza uma única maneira de aprender a escrita, o exemplo citado em sala foi a cartilha, onde as palavras são descontextualizadas e acabam não tendo sentido para as crianças.
Oposto a essa visão, a teoria construtivista visa lançar mão das diferentes atividades encontradas no cotidiano de cada aluno. É importante usar objetos conhecidos e utilizados no dia-a-dia de cada educando.
Também foi discutido a importância da manipulação dos objetos, por parte das crianças. O educando da educação infantil deve folhear jornais, revistas e livros, mesmo não conhecendo as letras. Ele deve ser estimulado a ler desde pequeno , para que possa se transformar em adultos leitores.
Outro enfoque abordado é o trabalho com os diferentes contextos textuais, devemos contar narrações, poesias, noticiários, pois essas diferentes abordagens fazem com que a criança se aproprie melhor da leitura em geral. Desta forma, a apresentação dos diferentes contextos textuais podem se dar oralmente, pela professora, assim, o aluno mativa-se para os contos e "entram na magia" das histórias infantis.
Considerando todas as análises descritas acima, pode-se concluir a necessidade dos adultos estarem sempre estimulando as crianças, no que diz respeito a leitura e a escrita, seja na escrita de uma carta ou contando uma história, o importante é incluir o aluno nessa linguagem , mesmo antes deste decodificar as palavras.
A reflexão da aula em questão, me fez lembrar de como eu era estimulada para esse fim.
Eu ganhava, da minha mãe, diversos livros infantis, com um bilhetinho carinhoso, mesmo não sabendo ler, as histórias eram contadas diversas vezes, até o momento que eu as decorava e conseguia recontá-las a outras pessoas.
Outra recordação, que me venho a cabeça, foi quando na época do natal, eu e minha mãe escrevíamos uma carta ao "papai noel", fazendo o pedido do meu presente.
Acredito que essas recordações, importantíssimas da minha infância, encaixam-se na discussão apresentada.



Obs: A foto acima é de Jean Piaget, um dos precursores do construtivismo, explicitado na reflexão descrita.




domingo, 24 de maio de 2009

Quinto dia de aula

A quinta aula foi uma discussão sobre o texto "oralidade e escrita". Os pontos discutidos partiram da atividade proposta em sala de aula. Foi uma construção coletiva do conhecimento, pois o professor levantou cada ponto, mas, antes de explicá-lo, ouvia o entendimento dos alunos sobre a questão. A partir daí o explicava adaptando-o com os entendimentos explicitados.
Foi bastante interessante, pois nos dá a oportunidade de consolidar nosso aprendizado, que inicialmente se deu com a leitura do texto.
Se o aluno entendeu alguma questão de forma diferente, o que seria muito normal, pois cada um tem uma leitura distinta, teve a oportunidade de expor o que entendeu e organizar o seu conhecimento.
Durante três aulas estudamos esse texto, acredito que esse conhecimento está bastante sólido, porque foi trabalhado de diversas maneiras. Durante a faculdade nos deparamos com diversos professores, métodos e avaliações e uma das coisas que aprendi e levarei para a minha profissão: é muito melhor trabalhar com a qualidade do que, somente, a quantidade. Às vezes, lemos textos e mais texto e a forma com que eles são trabalhados, acabam nos causando esquecimento.

A reflexão do texto estará no quarto dia, portanto, não coloquei os pontos discutidos em sala, pois ficará muito repetitivo.

domingo, 17 de maio de 2009

Quarto dia de aula e reflexão do texto "oralidade e escrita"


O quarto dia de aula foi uma reflexão do texto " oralidade e escrita" de LEONOR FÁVERO E MARIA LÚCIA ANDRADE.
Inicialmente, os autores do texto em questão, abordam o significado da atividade conversacional. A mesma seria constituída por no mínimo duas pessoas que interagem “idéias” em uma comunicação. Essa comunicação aborda assuntos do nosso cotidiano.
Podemos citar como exemplo de atividade conversacional, o bate-papo via internet, telefone, oralmente “face a face”, entre outros.
O texto faz duas definições para caracterizá-la, a conversação simétrica e a assimétrica. A primeira seria a participação “intensa” e constante dos envolvidos na comunicação, não há uma relação explícita de poder, nenhum interlocutor dirige a conversa, podendo mudá-la a qualquer momento informalmente. Usamos como exemplo, um bate-papo, descontraído, em um barzinho com amigos.
Já o segundo, consiste na relação de poder sobre um dos interlocutores, este determina toda a seqüência, pré-determinada, da conversa. No entanto, não significa que as outras pessoas envolvidas não possam intervir, com cautela, na conversa. Os congressos e palestras são exemplos típicos de conversação assimétrica, onde o palestrante é o mediador formal.
O modelo idealizado por Ventola, consiste em uma organização da conversa espontânea entre os interlocutores. Essa organização seria basicamente: entre o assunto abordado, caberia saber se a conversa entre os interlocutores era formal ou informal. A situação da conversa também é sinalizada por Ventola, é importante saber qual o motivo da conversa, o tema e seu objetivo principal.
O papel de cada interlocutor, também é destaque, qual o papel que estes desempenham na comunicação, podemos saber a partir da descoberta dos itens já descritos acima.
Por fim, o meio da comunicação, como esta se dá de fato. Oralmente, internet, entre outros. Usamos como exemplo, uma palestra sobre formação contínua de professores na UERJ. Essa conversa seria formal, mediada por um palestrante (interlocutor), o tema da palestra é formação continuada de professores e tem como objetivo principal, a reflexão dos docentes para esse tipo de formação, que é muito importante para a reciclagem deste profissional, mas está se limitando a conversas vazias, vindas sem as discussões dos atores em questão. O meio utilizado, seria o oral.
Segundo Dittmann, a comunicação é constituída por pelo menos dois interlocutores, a conversa é criação coletiva e se organiza durante a comunicação dos envolvidos. Quando duas pessoas conversam, por exemplo, acontece a interação entre ambas, que interpretam e interferem uma na fala da outra, a partir de assuntos de prévio-entendimento dos envolvidos.
Ocorrência de pelo menos uma troca de falantes: durante a conversa deve haver um envolvimento, uma interação entre os participantes, visto que um monólogo não pode ser considerado uma conversa. Assim, a troca de informações e idéias é de caráter central do desenvolvimento da comunicação.
Presença de uma sequência de ações coordenadas: é necessário uma organização para a manutenção de uma comunicação compreensível e plausível, onde deve haver uma coordenação de esforços para se atingir a um objetivo em comum.
Execução num determinado tempo: seriam os cortes, interrupções, retomadas, etc. O assunto em si.
Envolvimento numa interação centrada: seria o conhecimento prévio ou não dos interlocutores, que possibilitará o desenvolver da conversação.

Nível local

No que diz respeito ao nível local, podemos considerar que a conversação está baseada em turnos alternados entre os interlocutores e que esses turnos estão condicionados aos seus pares, como é o caso de perguntas e respostas.
Vejamos o exemplo:
Juca: Você jogou futebol na casa do seu primo ontem?
Dudu: Joguei e marquei 3 golaços!
Juca: Foi porque eu não estava no time contra...

Nível global

Já no nível global, pode-se haver o mesmo tipo de organização local, porém a temática poderá ser ampliada de acordo com a vontade dos participantes da conversa, como neste caso:
Juca: Você jogou futebol na casa do seu primo ontem?
Dudu: Joguei e marquei três golaços!
Juca: Mas e o seu tio, não tinha sido atropelado?
Dudu: Pois é. Os médicos fizeram uma operação onde quebrou, mas já está fora de perigo. Logo, logo deve estar em casa...

Observando a especificidade do texto conversacional, as autoras destacam a coesão e alguns recursos acima citados.
Em se tratando de coesão temos o tipo referencial, onde na fala ocorre a repetição de algum item do texto como facilitador de sua organização no sentido de não perder a temática do turno, conforme podemos verificar abaixo:
Já estava chegando em casa quando vi uma moto... uma moto com um cara esquisito todo de preto... então não quis correr, mas tive muito medo de passar por ele.

Um segundo recurso é a coesão recorrencial, onde, ao invés de repetir o item que se quer destaque, acorre a substituição do mesmo por um item similar e mais explicativo, como no trecho a seguir:
Juca: Como pode gostar desse desastre?
Dudu: Esse time ainda vai ganhar o campeonato... você vai ver!

Em terceiro temos a coesão seqüencial, que utiliza conectores que vão dar um ar de continuidade os texto.
Juca: Estava acostumada com a minha “amiga” perto de mim, então...
Dudu: Então...
Juca: Isso mesmo, então ela voltou pra casa de férias...
Dudu: Pois é...
Conforme o texto, relacionado ao texto falado, turno seria a fala seqüenciada em uma conversação, ou seja, o produto de um interlocutor enquanto este detem a vez em uma conversação, até mesmo os momentos de silêncio ou falas rápida. Teoricamente estes turnos deveriam obedecer uma seqüência, mas isto nem sempre acontece, podendo haver sobreposição de turnos. Vejamos abaixo um exemplo de alternância de turnos:

Juca: Mãe, onde foi parar a minha mochila?
Mãe de Juca: Não sei... deve estar onde você guardou...
Juca: Qual é, mãe, me ajuda a procurar...
Mãe do Juca: Nem pensar... você deveria cuidar melhor das suas coisas.
Juca: Ahhhhhhh...

Uma outra característica do texto falado é o tópico discursivo que, de forma simplificada, seria a temática do turno dada de comum acordo entre os interlocutores. Este, apesar de estruturar o texto, pode sofrer modificações imprevisíveis ao longo da conversação, podendo estar retomando uma situação explícita ou de forma implícita.
No exemplo abaixo temos um diálogo onde o tópico seria “lembranças da infância”:
Mãe de Juca: É... era muito bom no meu tempo de menina...
Juca: Que nada... não tinha nem Playstation três pra brincar...
Mãe de Juca: Ai é que tah: nós brincávamos na rua e era muito mais divertido... Começava depois da escola e ia até a noitinha... Chegava toda suja em casa, mas estava feliz...
Juca: Agora a gente não pode mais fazer isso, né?
Mãe de Juca: O mundo está muito mudado hoje...
Em terceiro lugar destaca-se no texto os marcadores conversacionais, itens que tem a função de interação na fala e que podem estar presentes nas falas de quaisquer um dos participantes da conversa. Podem se destacar, nesse aspecto, tanto elementos verbais (ahn, viu, aí), quanto características na entonação (ascendente, descendente ou constante), pausas, tom de voz, dentre outros, e até mesmo, na conversação face a face, elementos gestuais.
Dudu: Acho que não vou mais ao cinema com você...
Juca: Ahnnnn?
Dudu: Fiquei com nota ruim no teste de português... Sabe como é, né? Corte de mesada... e mais...
Juca: Ai, ai, ai...
Dudu: é... Quebrei o vidro da janela...
Juca: ai não...
Por último, temos um elemento básico na interação conversacional que é o par adjacente. Este pode introduzir, dar continuidade, redirecionar ou modificar o tópico discursivo e é caracterizado por uma situação bipolar, como o de pergunta e resposta, mais comumente utilizado.
Pai do Dudu: Você viu o seu boletim este bimestre?
Dudu: Vi, sim, mas não gostei nada...

Ideias de atividades para a educação infantil/pág 11

As atividades que serão descritas a seguir deverão ser realizadas por crianças de seis anos, cursando o 1º ano , antigo C.A.
A professora deve iniciar a aula contando uma história do tipo narrativa. A história deve ser contada com intonação e entusiasmo, dessa forma as crianças ficam muito mais interessadas.
Após o conto, a docente deverá propor que a turma se divida em três grupos de cinco educandos, por exemplo, caso a turma tenha em torno de quinze alunos.
Cada grupo ficará responsável por uma atividade, que será exposta por todos.
O primeiro grupo ficará responsável em fazer a encenação do final da história que foi contada.
O segundo grupo fará a encenação do final que eles escolhessem.
Já o terceiro, ilustrará as partes do conto que mais o chamou atenção.
Seria uma atividade diversificada, onde todos os grupos farão todas as atividades, cada um de sua maneira específica. Os grupos mudarão de atividade, a medida que forem se apresentando, até o momento que todos realizarem todas as atividades propostas. Após a dinâmica, haverá um estudo ortográfico com as palavras mais exploradas na história, serão escritas de forma cursiva e em caixa alta, para que eles conheçam e se adaptem às diferentes formas de leitura, em cartolinas coloridas e bem grandes. Essas palavras ficarão expostas na sala de aula, para que a partir daí ocorra um estudo de escrita e fonética, trabalhando com a escrita e o som das respectivas palavras.
Os objetivos desse " mini-projeto", são diversos. Podemos iniciar com a importância da leitura e da escuta na hora do conto. A concentração também é um ponto cordial, pois ao prestar atenção no conto e concentrar-se "entrando" na história mentalmente, será uma forma de trabalhar com a concentração.
Outro ponto a ser destacado, é a interpretação de cada criança da história, a medida que você a encena, está interpretando de que maneira você entendeu a história contada oralmente. E quando a criança "inventa" um novo final a ela, está trabalhando a criatividade e expondo seu modo particular de ser, seus sonhos, medos, dentre outros. Ajuda o docente a perceber cada um de uma maneira diferente.
Ao final, podemos expor as palavras de uma maneira contextualizada, não de forma vazia - sem nenhum segnificado - , pois a criança vai reconhecer as palavras a partir do texto. Dessa forma, a escrita e a leitura tem muito mais significado, do que aquelas palavras vazias, escritas no quadro sem algum embasamento.

Respostas da pesquisa sobre tipologia e gênero textual

A tipologia textual é a forma como o texto se apresenta; já o gênero é mais amplo, engloba, pois, todos os textos produzidos pelos usuários da língua.
Dentro da tipologia temos a descrição, narração e a dissertação. Estas são as definições mais usadas e vistas de nossa língua.
A descrição é quando um texto tem, predominantemente, a descrição de um lugar, de um personagem, suas características, qualidades, defeitos, entre outros.
A narração é a narrativa de uma história em quadrinhos, por exemplo, onde há um narrador, que participa ou não do conto; narrado, portanto, em 1ª ou 3ª pessoa.
Já a dissertação é muito usada nos vestibulares e concursos públicos. Seria uma reflexão crítica sobre um tema exposto na realização de uma redação, por exemplo.
Existe também a injução, podemos exemplificá-la com um livro de culinária, onde há todo o preparo de uma receita por escrito.
O diálogo- pode ser uma conversa informal ao telefone.
A exposição- um noticiário, por escrito, sobre a gripe suína.

domingo, 10 de maio de 2009

Tipologia textual e gênero textual

A pesquisa em questão foi um estudo e resumo do livro " Português palavra e arte" de Tânia Pellegrini e Marina ferreira e do site Wikipédia.


Tipologia textual é a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são: descrição narração, dissertação, exposição, injunção e diálogo.
A narração
e a descrição aparecem, frequentemente, num mesmo texto. Se você está contando uma viagem (narração), provavelmente incluirá características dos lugares que visitou, das pessoas que conheceu (descrição). E, se você terminar esse mesmo texto com uma reflexão sobre a importância do lazer na vida das pessoas, estará incluindo um elemento dissertativo. Mesmo assim, podemos dizer que sua redação é uma narração, pois há predomínio de características narrativas.
Exposição
Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias; explica; avalia e reflete.
Estrutura básica:
ideia principal;
desenvolvimento;
conclusão.
Faz uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. A maioria dos verbos está no presente do indicativo.
Injunção
Indica como realizar uma ação; aconselha. É também utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo. Há também o uso do futuro do presente.
Diálogo
Materializa o intercâmbio entre personagens. Pode conter marcas da linguagem oral, como pausas e retomadas.

Gêneros de textos
Gênero de texto refere-se às diferentes formas de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc.
Para a Linguística, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Assim, ao lado da crônica , do conto, vamos também identificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tantos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa sociedade.
Quanto a forma ou estrutura das sequências linguísticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e estilos composicionais.

Gêneros literários:
Gênero lírico:
É certo tipo de texto no qual um eu lírico ( a voz que fala no poema, que nem sempre corresponde à do autor ) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da linguagem.
Gênero épico:
Nesse gênero há a presença de um narrador que fundamentelmente conta a história passada de terceiros. Isso implica certo distanciamento entre o narrador e o assunto tratado, coisa que não ocorre no gênero lírico. Os verbos e os pronomes quase sempre estão na 3ª pessoa. Além disso, os textos épicos pressupõem a presença de uma ouvinte ou de uma platéia, que estariam escutando o narrador.
Os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo ou de uma nação, envolvendo aventuras, guerras, viagens, gestos heróicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é de valorização de seus heróis e seus feitos.
Gênero dramático:
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “ acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os papéis das personagens rigorosa das cenas e de suas relações de causa e consequência.

sábado, 9 de maio de 2009

Terceiro dia de aula


Faltei a aula do dia 06/05, sai mais tarde da escola onde trabalho e devido a distância não consegui chegar a tempo na faculdade.
Visitei o Blog da aluna Cristina Fialho, para me enterar do assunto discutido em sala de aula. Achei muito interessante.
A partir da descrição do Blog da aluna, pode-se perceber que a discussão em sala perpassou o assunto " padronização". Esse assunto é muito importante de ser abordado e alertado na educação infantil.
Observamos que os desenhos animados e a história mundial estão vinculados a padrões (físicos, sociais, econômicos, entre outros) predeterminados por uma classe que detém o poder. As pessoas que não enquadram-se nessas fôrmas são excluídas.
Podemos citar como exemplo, as personagens dos desenhos e bonecas infantis, são, na maioria das vezes, brancas, loiras e magras. Esses personagens estereotipados, são exemplos dessa " padronização" explicitada anteriormente.

Segundo dia de aula


A segunda aula foi um esclarecimento do texto " Processos iniciais de leitura e escrita" de Rosineide Magalhães de Sousa. O capítulo aborda uma reflexão sobre o inicio da escolarização de crianças, quando e de que forma elas"entram" no mundo letrado.
Após a leitura do texto e as discussões levantadas em sala de aula, percebemos que a criança tem contato com a leitura desde cedo, mesmo não sabendo ler e escrever. Podemos citar o exemplo levado pelo professor Ivan, que trouxe embalagens de produtos vendidos em supermercados. O educando mesmo sem saber ler, sabe a procedência do produto, seja pelo desenho ou a partir das características e formas do mesmo. A mídia tem o importante papel de expor a mercadoria em rede nacional ou internacional, fazendo, desta forma, seu reconhecimento universal. Podemos citar o refrigerante Coca-cola, mesmo que a criança não saiba decodificar as letras, ela sabe reconhecê-la em uma prateleira de mercado.
Outro ponto abordado é a importância de trabalhar com o concreto na educação infantil. O aluno entende melhor, manuseando e tendo contato com os objetos, ao contrário do desenho, que para ele pode não ter nenhum significado, ou estar mal desenhado.
Isso me remeteu a uma vivência com a minha turma ( 4ºano) no inicio do ano. Fiz uma leitura com os alunos, sobre uma Joaninha, a figura estava distorcida, e a discussão sobre o desenho levou muito tempo, eles estavam aflitos para mostrar que a figura não referia-se a uma Joaninha. Se uma figura ascendeu tanta polémica em uma turma de 4ºano, imagine em uma turma de alfabetização. Ela não teria valor nenhum.
A dificuldade da separação da letra e do som, também foi abordada em aula. As crianças iniciam o processo de aprendizagem escrevendo como se fala. Explicitarei um exemplo familiar. Meu irmão troca algumas letras na hora de pronunciá-las, uma delas seria a letra C pelo T. Provavelmente, no momento inicial da escrita, ao escrever: Camilla , escreverá Tamilla. Essa situação foi sinalizada aos pais da criança, que até o momento não procuraram nenhum especialista.
É de extrema importância mostrar para as crianças a finalidade e o objetivo da leitura, fazê-la perceber um sentido significativo para tal.